Poder Aéreo
As  bases aéreas da Força Aérea Brasileira (FAB) e aeroportos alternativos  de estados e de municípios deverão ser utilizados durante o período da  copa para receber voos excedentes e evitar congestionar os aeroportos  comerciais. A informação foi dada nesta quinta-feira (14/10)  pelo Ministro da defesa, Nelson Jobim, após reunião com os órgãos  oficiais da aviação civil.
Segundo Jobim, o objetivo da reunião foi discutir a programação para a  Copa de 2014, a partir dos dados mais atualizados sobre o setor.  Participaram do encontro dirigentes da Secretaria de Aviação Civil (SAC)  do Ministério da Defesa, da Infraero, da Agência Nacional de Aviação  Civil (Anac) e do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), do  Comando da Aeromáutica.
O ministro determinou uma avaliação da demanda para 2014, levando-se  em conta o crescimento atual da demanda doméstica, que chegou a 27% no  último mês, e a demanda específica gerada pela Copa, que dura dois meses  e tem como centro o mês de julho de 2014.
A partir da previsão, será calculada a oferta disponível com a  infra-estrutura atual, e calculado o desnível entre demanda e oferta de  infra-estrutura aeroportuária. Esse vácuo será preenchido com o aumento  da oferta proporcionado pelas obras que a Infraero já está executando e  também por ações administrativas especiais.
A oferta terá que ser dimensionada para atender à demanda com uma  folga de 10%. Dessa forma haverá margem para acomodar eventos  inesperados. “Por exemplo, se um presidente da República resolver ir?”,  comentou Jobim. Com essa folga, o voo extra poderá ser recebido sem  maiores transtornos para os demais passageiros.
Entre as medidas administrativas que serão estudadas, estão:
1-Uso de slots (autorizações para pouso e decolagem) em horários  vagos para receber voos fretados (charter). Os observadores da Infraero e  da Anac que foram enviados à África do Sul durante a Copa constataram  um grande aumento do número de voos charter durante os dias de jogos;
2-Uso de Bases Aéreas da Força Aérea Brasileira para receber  voos de delegações esportivas e de autoridades, desafogando os  aeroportos comerciais;
3-Uso de aeroportos alternativos para os aviões da aviação geral  (taxi aéreo, aviões executivos, etc.).Uma possibilidade é eles pararem  em bases aéreas, que são mais centrais, deixarem seus passageiros, e  decolarem imediatamente para estacionar nesses aeroportos alternativos,  inclusive de estados e municípios.
