Governo russo nega ter enviado soldados para o leste da Ucrânia.
Rússia também nega ter armado os separatistas.
Reuters
O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, disse nesta quarta-feira (10) que a Rússia retirou para território russo a maior parte de suas forças que, segundo ele afirmou, estavam do lado ucraniano, o que eleva a esperança para o processo de paz.
O governo russo nega ter enviado soldados para o leste da Ucrânia em apoio aos separatistas pró-Rússia que combatem as forças do governo ucraniano na região, apesar de a Ucrânia e o Ocidente afirmarem que há esmagadora evidência do contrário. A Rússia também nega ter armado os separatistas.
"De acordo com a última informação que recebemos de nossa inteligência, 70 por cento das forças russas foram retiradas para o outro lado da fronteira", disse Poroshenko em um encontro governamental. "Isso fortalece ainda mais nossa esperança de que as iniciativas de paz têm boa perspectiva."
Avião
O ministro da Defesa da Rússia, Serguei Shoigu, atribuiu a Kiev "toda a responsabilidade" do que aconteceu com o voo MH17 da Malaysia Airlines, já que a tragédia ocorreu em seu território.
"A catástrofe aconteceu no espaço aéreo da Ucrânia, que tem toda a responsabilidade sobre o que aconteceu", declarou o ministro, em referência ao avião derrubado em 17 de julho, durante uma reunião em Moscou com o colega malaio, Hishamudin Husein.
Sanções
A União Europeia tem de ir em frente com o anúncio de novas sanções econômicas contra a Rússia, disse nesta quarta a chanceler alemã, Angela Merkel, acrescentando que, de qualquer modo, elas poderão ser suspensas se houver progressos substanciais no sentido de um plano de paz para a Ucrânia.
"Em vista da situação atual, que, de fato, trouxe uma melhoria em relação às atividades militares - não é um cessar-fogo 100 por cento, mas é uma melhoria -, e a falta de clareza em muitos outros pontos que citei, somos a favor de que essas sanções sejam implementadas agora", declarou Merkel ao Parlamento alemão.
A chanceler acrescentou que a Alemanha seria "a primeira" a recomendar a suspensão das sanções se um plano de paz de 12 pontos para a Ucrânia for implementado.
A União Europeia aprovou novas sanções na segunda-feira, mas adiou sua implementação para avaliar o cessar-fogo. Embaixadores da UE reúnem nesta quarta-feira para discutir os próximos passos.