Human Rights Watch confirma crimes militares perpetrados por Kiev

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A organização internacional Human Rights Watch (HRW) confirmou que as povoações de Donbass têm sido alvo de ataques de artilharia ucraniana no período de trégua. O respetivo relatório foi apresentado em Genebra em 12 de novembro de 2014.


Tatiana Tabunova | Voz da Rússia


Segundo a fonte, funcionários da HRW registraram uma série de ataques a instalações civis nas regiões de Donetsk e Lugansk. Entre outras provas, se aponta para duas crateras de três metros em frente de um escritório do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em Donetsk, abertas por bombas de fragmentação. Foi ali que, em 2 de outubro, foi morto um funcionário da Cruz Vermelha Internacional, Laurent du Pasquier, natural da Suíça.

Os estilhaços foram descobertos em outros bairros residenciais de Donetsk em zonas adjacentes a supermercados, prédios, centros infantis e em algumas vilas da região de Lugansk. Segundo a HRW, as bombas de fragmentação foram lançadas a partir das zonas controladas pelas tropas governamentais. Para o efeito, a Exército ucraniano usou os sistemas de mísseis Smerch, de calibre de 300 mm, e Uragan (220 mm). Foi confirmado ainda o emprego dos sistemas de fogo simultâneo Grad (122 mm).

BM-30 Smerch
Os fatos acima citados, depoimentos de testemunhas oculares e resultados de perícias foram recolhidos e depois enviados para o exame em Genebra. A HRW se dispõe a apresentá-los à ONU e outras instituições interessadas. Mas, por estranho que possa parecer, ninguém parece estar manifestando interesse em relação a estas provas.

Conforme disse o perito sênior da Secção de Armamentos da HRW, Mark Hiznay, a informação ainda não foi requisitada. Mas este não foi o primeiro informe que põe em descoberto os crimes militares cometidos por Kiev contra a população civil, ressalta o vice-chefe da comissão parlamentar de assuntos internacionais, Andrei Klimov:

“É mais uma prova da política de dois pesos e duas medidas e de ausência de quaisquer normas morais. Não é novidade para nós. Se calhar, as pessoas que trabalham em entidades como a HRW acabarão por entender que o trabalho tem de ser feito não em relação à Rússia, mas sim em relação aos países considerados “padrões de democracia e respeito de direitos humanos”.

Na véspera, se realizou em Nova York uma reunião especial do Conselho de Segurança da ONU dedicada à situação na Ucrânia. O representante da Rússia, Alexander Pankin, chamou atenção para o fato de os militares ucranianos não estarem respeitando o cessar-fogo, concentrando forças na linha de antigas operações. Os outros membros do CS, que costumam seguir de perto o evoluir da situação na zona do conflito, devem possuir esta informação. Todavia, como já tinha acontecido reiteradas vezes, eles preferem ignorar tais fatos evidentes.

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