Síria reinicia a retirada de moradores de cidades sitiadas

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Mais de 3 mil pessoas foram retiradas de cidades rebeldes e leais ao governo. Operação foi interrompida depois de atentado contra comboio de ônibus.


France Presse

A evacuação de várias cidades sitiadas na Síria foi retomada nesta quarta-feira (19), após uma interrupção de vários dias em consequência de um atentado que deixou mais de 100 mortos. 

Civis sírios puderam deixar nesta quarta-feira (19) cidades de Fuaa and Kafraya, leais ao governo, que estava sitiadas  (Foto: Omar haj kadour / AFP)
Civis sírios puderam deixar nesta quarta-feira (19) cidades de Fuaa and Kafraya, leais ao governo, que estava sitiadas (Foto: Omar haj kadour / AFP) 

O diretor da ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman, informou que 3 mil pessoas das cidades leais ao governo de Fua e Kafraya foram retiradas durante o amanhecer. Quase 300 também deixaram Zabadani e outras duas localidades rebeldes.

Dez ônibus procedentes de Fua e Kafraya chegaram às 4h locais (22h de Brasília, terça-feira) a Rachidin, subúrbio rebelde de Aleppo, utilizado como zona de trânsito na primeira operação de retirada.

A operação foi interrompida depois do violento atentado contra um comboio de ônibus que deixou pelo menos 126 mortos, incluindo 68 crianças, procedentes das localidades de Fua e Kafraya.

O processo foi retomado nesta quarta-feira sob rígidas medidas de segurança, com dezenas de combatentes rebeldes protegendo os ônibus.

A retirada dos moradores havia começado na sexta-feira passada, após um acordo mediado pelo Catar, que apoia os rebeldes, e o Irã, aliado do regime do presidente sírio Bashar al-Assad.

Quase 5.000 civis e militares leais ao governo deixaram as cidades de Fua e Kafraya, ao mesmo tempo que 2.200 civis e combatentes abandonaram Zabadani e Madaya, duas localidades rebeldes próximas a Damasco.

Com a retirada desta quarta-feira chega ao fim a primeira etapa do processo de evacuação. A segunda fase deve acontecer dentro de dois meses, estipula o acordo.

Desde 2011, a guerra na Síria deixou mais de 320 mil mortos, além de milhões de deslocados e refugiados.

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