Os países da UE concordaram na terça-feira em suspender todas as sanções econômicas restantes contra a Síria, em uma tentativa de ajudar o país devastado pela guerra a se recuperar após a derrubada de Bashar al-Assad.
France Presse
"Hoje, tomamos a decisão de suspender nossas sanções econômicas contra a Síria", postou a principal diplomata da UE, Kaja Kallas, no X, após uma reunião dos ministros das Relações Exteriores do bloco em Bruxelas.
"Queremos ajudar o povo sírio a reconstruir uma Síria nova, inclusiva e pacífica", disse ela.
A medida da União Europeia ocorre depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na semana passada em Riad que Washington estava suspendendo suas sanções contra a Síria.
Os novos governantes do país têm clamado por alívio da punição internacional imposta depois que a repressão de Assad aos oponentes se transformou em guerra civil.
Diplomatas da UE disseram que o acordo deve prever o levantamento das sanções, cortando os bancos sírios do sistema global e congelando os ativos do banco central.
Mas diplomatas disseram que o bloco pretende impor novas sanções individuais aos responsáveis por provocar tensões étnicas, após ataques mortais contra a minoria alauita.
Outras medidas visando o regime de al-Assad e proibindo a venda de armas ou equipamentos que possam ser usados para reprimir civis devem permanecer em vigor.
O ministro das Relações Exteriores da Síria, Asaad al-Shaibani, disse após a decisão da UE que o levantamento das sanções econômicas mostrou uma "vontade internacional" de apoiar Damasco.
Al-Shaibani acrescentou que "o povo sírio hoje tem uma oportunidade muito importante e histórica de reconstruir seu país".
O último movimento da UE ocorre depois que ela deu o primeiro passo em fevereiro para suspender algumas sanções aos principais setores econômicos sírios.
Autoridades disseram que essas medidas podem ser reimpostas se os novos líderes da Síria quebrarem as promessas de respeitar os direitos das minorias e avançar em direção à democracia.