Em missão oficial para conhecer o sistema de segurança israelense, grupo relata correria para bunkers e clima de apreensão em Tel Aviv; Itamaraty prepara plano de resgate, mas sem data definida
RT
Diante da escalada do conflito entre Israel e Irã, prefeitos brasileiros que participam de uma missão oficial em Tel Aviv vivem momentos de tensão. O grupo, formado por cerca de oito prefeitos, além de vice-prefeitos e secretários municipais, está no país a convite do governo israelense para conhecer o sistema de segurança pública local.
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AP / Leo Correa |
Em relato à coluna do Portal Metrópoles divulgado nesta sexta-feira (13), o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), descreveu o clima de apreensão. Segundo ele, sempre que há alerta de bombardeio, os hóspedes do hotel recebem mensagens de emergência e precisam, imediatamente, se deslocar para o bunker. "É desesperador. Todo mundo sai do quarto o mais rápido possível", contou.
A permanência no abrigo se mantém até que o risco seja oficialmente descartado. No entanto, o estresse é constante. "Você sai do bunker, volta para o quarto e, pouco depois, já tem que retornar novamente", afirmou Lucena.
O abrigo, construído em concreto, possui cadeiras para acomodar os hóspedes, mas, segundo o prefeito, a incerteza domina o ambiente. "Ninguém sabe como vamos sair daqui", relatou.
O Itamaraty já foi acionado e trabalha em um plano de resgate para os integrantes da comitiva brasileira. Até o momento, no entanto, não há previsão de quando a operação será realizada. Apesar da situação, Lucena afirma que, por enquanto, não há falta de alimentos nem de água no local.