Em ligação com chanceler iraniano, ministro russo reforçou o repúdio às agressões de Israel, defendeu o respeito ao direito internacional e alertou para o risco de uma crise regional sem precedentes.
RT
Em meio à crescente tensão no Oriente Médio, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Seyyed Abbas Araghchi, manteve uma conversa telefônica com seu homólogo russo, Sergey Lavrov, neste sábado (14), para discutir os desdobramentos do recente ataque militar lançado por Israel contra alvos em território iraniano. A informação foi divulgada pelo Departamento de Política Externa da agência estatal iraniana IRNA.
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| Lavrov condenou as agressões israelenses e promete reação da comunidade internacional | Gettyimages.ru / Gokhan Koc |
Durante o diálogo, Lavrov condenou de forma contundente os bombardeios realizados por Israel, que atingiram tanto instalações nucleares quanto áreas civis no Irã.
Segundo ele, os ataques resultaram na morte de vários oficiais militares de alta patente, além de professores universitários, mulheres e crianças. O chanceler classificou a ofensiva como uma flagrante violação do direito internacional e dos princípios estabelecidos na Carta das Nações Unidas.
O chefe da diplomacia iraniana, por sua vez, destacou a importância de uma resposta firme da comunidade internacional, exigindo que organismos globais e países cumpram suas obrigações e se posicionem contra as agressões israelenses.
Araghchi também expressou seu reconhecimento à postura da Rússia e de outras nações que se manifestaram contra as ações de Tel Aviv. Ele alertou que a persistência dos atos hostis por partes de Israel podem desencadear uma grave crise regional e ampliar a insegurança em todo o Oriente Médio.
Reafirmando o direito legítimo do Irã à autodefesa, o ministro foi categórico ao afirmar que Teerã já respondeu e continuará a responder de maneira firme e proporcional às investidas do governo de Netanyahu.
Araghchi ressaltou que esses ataques ocorrem em um momento sensível, justamente quando estão em andamento negociações indiretas entre Irã e Estados Unidos - o que, segundo ele, revela a clara intenção do regime israelense de minar esforços diplomáticos e agravar ainda mais as tensões da comunidade internacional.