Paquistão pode atacar Israel com armas atômicas caso Netanyahu faça ataque nuclear ao Irã

Mohsen Rezaei, general iraniano, afirma que surpresas estratégicas ainda estão por vir no conflito na região.


RT

O Paquistão ameaçou lançar um ataque nuclear contra Israel caso o primeiro-ministro Benjamín Netanyahu utilize esse tipo de arma contra o Irã, afirmou o general Mohsen Rezaei, alto oficial do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (CGRI).

Gettyimages.ru / Metin Aktas

Em entrevista na noite de domingo à televisão estatal iraniana, citada por meios internacionais, Rezaei destacou que o Irã possui táticas e capacidades não utilizadas até o momento. Ele também afirmou que as "maiores surpresas ainda não foram reveladas" no conflito.

"Esta guerra é crucial, e o Irã será aquele que acabará com ela", declarou o membro do Conselho de Discernimento de Conveniência.

A postura paquistanesa

Apesar do apoio do Paquistão ao Irã após o ataque israelense, não há declaração oficial confirmando a disposição do país em usar ogivas nucleares. Pelo contrário, um alto funcionário defendeu cautela em relação ao arsenal nuclear de Israel.

"Como signatário de todas as convenções nucleares internacionais, a capacidade nuclear do Paquistão serve exclusivamente para fins de dissuasão e defesa nacional", disse o ministro da Defesa paquistanês, Khawaja Muhammad Asif, segundo a mídia local.

Asif criticou o Ocidente por manter apoio firme a Israel, que classificou como "Estado rebelde" por operar suas instalações nucleares sem inspeção internacional.

Desde a madrugada de 13 de junho, quando Israel lançou um ataque não provocado contra o Irã, os dois países vêm trocando ataques. Rússia, China e vários países ao redor do mundo condenaram veementemente a operação israelense contra o Irã, chamando-a de grave violação do direito internacional e da Carta da ONU.

O presidente russo, Vladimir Putin, condenou esses ataques em conversa com o presidente dos EUA, Donald Trump, e expressou "profunda preocupação" com uma possível escalada do conflito, que "teria consequências imprevisíveis para toda a situação no Oriente Médio". O representante permanente da Rússia na ONU, Vasili Nebenzia, enfatizou que as ações de Israel estão empurrando a região para uma "catástrofe nuclear em larga escala".
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