Rússia acusa Israel de ignorar lições do Holocausto ao planejar controle de Gaza

O plano do gabinete de Netanyahu de assumir o controle da Cidade de Gaza demonstra desprezo pelo direito internacional, declarou o enviado adjunto de Moscou à ONU.


RT

O primeiro representante permanente adjunto da Rússia nas Nações Unidas, Dmitry Polyansky, acusou Israel de ignorar as lições do Holocausto e violar o direito internacional ao planejar tomar o controle da Cidade de Gaza.

Lev Radin/Pacific Press/LightRocket via Getty Images

Durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU no domingo (10), convocada após a aprovação da medida imposta por Tel Aviv, Polyansky alertou que a decisão agravaria a crise humanitária em Gaza, prejudicaria a viabilidade da solução entre Israel e Palestina e equivaleria ao reconhecimento formal de um regime de ocupação.

"Condenamos firmemente a intenção do governo de Netanyahu de tomar Gaza", afirmou Polyansky.

Ele criticou Israel por ignorar os apelos internacionais e as solicitações feitas pelos familiares dos reféns mantidos pelo Hamas.

O funcionário acusou o ministro das Relações Exteriores israelense, Gideon Sa'ar, de agir com "lágrimas de crocodilo" ao demonstrar preocupação pelos prisioneiros, ao mesmo tempo em que o gabinete aprovava a operação militar que, segundo ele, eliminaria qualquer possibilidade de libertação dos reféns com vida. O diplomata russo expressou perplexidade ao destacar que o povo judeu, tendo sobrevivido ao Holocausto, agora estaria colocando os palestinos "em guetos" e buscando sua completa destruição.

O Gabinete de Segurança de Israel aprovou na quinta-feira a proposta do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para assumir o controle da cidade de Gaza. Após mais de 10 horas de discussões, a decisão marca a primeira etapa de uma ofensiva que pode se estender à ocupação total do enclave palestino.
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