Chavez pede crédito para comprar submarinos

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Até 1.500 milhões, para comprar navios e aviões



O presidente da Venezuela Hugo Chavez, deverá viajar para a Rússia no próximo mês de Maio, onde assistirá à tomada de posse do novo presidente russo, e aproveitará o tempo para mais uma ronda de negociações e visitas, com o objectivo de tomar decisões relativas ao reequipamento das forças armadas da Venezuela.

A visita, que tem vindo a ser adiada porque Chavez pretende falar com o futuro presidente Medvedev, é igualmente relevante porque o presidente da Venezuela parece pretender negociar não só a compra de equipamentos, como o financiamento da sua compra através de crédito de 1000 milhões de dólares que espera obter dos russos.

Embora com um influxo constante de recursos provenientes do alto preço do petróleo, a Venezuela pretende evitar gastar grande parte desse dinheiro em projectos militares, preferindo utilizar os recursos para programas sociais presentemente em curso.

A Venezuela também tem em mãos um processo judicial internacional com empresas petrolíferas internacionais, nomeadamente com a Exxon, que contestou nos tribunais internacionais a decisão de nacionalização de campos petrolíferos. A Exxon, conseguiu imobilizar um total de 12.000 milhões de dólares que pertenciam à Venezuela, o que levou Chavez à fúria, ameaçando cortar as exportações de petróleo para ao Estados Unidos.

A decisão de bloquear o dinheiro foi entretanto levantada por um tribunal britânico embora a acção ainda esteja em discussão noutros países.

Entre os objectivos do governo de Hugo Chaves, especialmente no que diz respeito ao reequipamento da marinha venezuelana, está a aquisição de quatro submarinos do tipo «636», uma versão modernizada dos submarinos do tipo «Kilo», concebidos ainda no período da antiga União Soviética.

Os quatro submarinos, deverão ser construídos nos estaleiros Admiraltsky, de S. Petersburgo, onde já foram construídos os navios do tipo 877 (a versão mais antiga dos submarinos «Kilo») e também nos estaleiros de Komsomolsk-an-Amur, onde foram construídos alguns dos submarinos mais recentes.

Os projectos venezuelanos não se ficam pelo financiamento de submarinos, pois também existem planos para a aquisição de aeronaves de transporte do tipo IL-76, num número de doze unidades.

A Rússia também deverá propor a Chavez a compra de aeronaves Su-35, que poderão ser entregues a partir de 2010. Segundo a imprensa russa trata-se de negociações para a aquisição de aeronaves novas, mas existe também a possibilidade de se tratar de uma proposta de reposição dos Sukhoi Su-27 que a Venezuela adquiriu e com os quais, segundo várias fontes os militares venezuelanos não estão satisfeitos.

Com esses «adicionais», o total do financiamento pedido pela Venezuela à Rússia, pode atingir 1.000 a 1.500 milhões de dólares.

Fontes na Rússia, afirmam que a prestação de crédito à Venezuela, pode ser um negócio arriscado. Embora «nadando» em petróleo, aquele país sul americano não tem um regime político estável. Uma súbita mudança de governo ou instabilidade no país, pode levar a Rússia a ter que encarar mais um calote, como já ocorreu com outros casos de exportação de armamento.

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