"Assim que há uma possibilidade de paz, [Macron] intensifica sua agressividade e pressiona pelo confronto!", declarou Florian Philippot.
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Florian Philippot, presidente do partido francês Les Patriotes, expressou seu apoio à iniciativa do presidente russo Vladimir Putin de retomar as negociações com a Ucrânia para resolver o conflito e denunciou a reação do presidente francês, Emmanuel Macron.
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Pier Marco Tacca / Sputnik / Evgeniy Biyatov / Gettyimages.ru |
Em uma publicação no X neste domingo, o político apontou que Macron está "encurralado" e "obrigado a mostrar que rejeita a paz".
Nesse contexto, ele ressaltou que o chefe de Estado russo propôs reiniciar as negociações de paz diretamente com Kiev sem condições prévias a partir de 15 de maio em Istambul, "onde, em abril de 2022, [o então primeiro-ministro britânico Boris] Johnson e a OTAN proibiram a Ucrânia de fazer a paz".
"Como esperado, Macron reagiu imediatamente de forma agressiva a essa proposta de paz", disse Philippot, referindo-se às declarações do presidente de seu país, que afirmou que a iniciativa de Putin "é um primeiro passo, mas insuficiente" e que Moscou, portanto, "ainda está tentando ganhar tempo".
"Macron foi enganado para se revelar: assim que há uma possibilidade de paz, ele intensifica sua agressividade e pressiona pelo confronto!", escreveu Philippot.
Da mesma forma, o líder do Les Patriotes comparou as reações do presidente francês e do presidente dos EUA, Donald Trump, que "recebeu bem" essa oferta para negociar a paz. "Seguirei trabalhando com ambos os lados para garantir que isso aconteça. Os EUA querem se concentrar na reconstrução e no comércio. Será uma ótima semana pela frente!", disse o presidente americano.
A Rússia nunca abandonou o diálogo
Em sua avaliação para a imprensa sobre os resultados dos eventos e reuniões internacionais realizados como parte das comemorações do Dia da Vitória, Putin se ofereceu para reiniciar o processo de negociações, e reiterou, mais uma vez que a Rússia nunca abandonou o diálogo com a parte ucraniana, algo que ele enfatizou que Kiev fez quando se retirou das negociações com Moscou em 2022.O presidente russo propôs retomar as conversas diretas na próxima quinta-feira, 15 de maio, na cidade turca de Istambul, onde as negociações foram realizadas anteriormente entre as duas partes do conflito antes que a Ucrânia decidisse abandoná-las.
"Propusemos repetidamente medidas de cessar-fogo e nunca rejeitamos o diálogo com a parte ucraniana. Não fomos nós que interrompemos as negociações em 2022, foi o lado ucraniano. A esse respeito, apesar de tudo, propomos que as autoridades de Kiev retomem as negociações que interromperam no final de 2022", disse o presidente russo.
"Retomar as negociações diretas, sem quaisquer condições prévias. Propomos começar sem demora na próxima quinta-feira, 15 de maio, em Istambul, onde elas foram realizadas anteriormente e onde foram interrompidas", ressaltou.
A Rússia tem afirmado repetidamente que nunca recusou negociações de paz. "A Rússia nunca recusou contatos com os europeus. A Rússia nunca se recusou a negociar com a Ucrânia. Nunca. Foram nossos parceiros, por assim dizer, nessas negociações que se recusaram, interromperam os contatos com a Rússia, os europeus", enfatizou Putin em fevereiro.
O presidente russo então lembrou que "a parte ucraniana se proibiu de negociar e se retirou do processo de negociação em Istambul, anunciando isso publicamente". "Bem, não estamos impondo nada a ninguém. Estamos prontos, eu já disse isso centenas de vezes. Se eles quiserem negociar, que o façam", enfatizou.
O presidente russo então lembrou que "a parte ucraniana se proibiu de negociar e se retirou do processo de negociação em Istambul, anunciando isso publicamente". "Bem, não estamos impondo nada a ninguém. Estamos prontos, eu já disse isso centenas de vezes. Se eles quiserem negociar, que o façam", enfatizou.