Rafael Erdreich admitiu não ter informações concretas, mas alegou que a preocupação existe.
RT
Rafael Erdreich, cônsul-geral de Israel em São Paulo, concedeu na segunda-feira (16) uma entrevista à Revista Oeste. Na ocasião, respondeu à pergunta da comentarista Ana Paula Henkel, que sugeriu que as embarcações iranianas que atracaram no Rio de Janeiro em 2023 poderiam conter urânio enriquecido. De acordo com a ex-jogadora de vôlei, o assunto estaria gerando muita preocupação nos americanos.
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| À esquerda, Rafael Erdreich, cônsul-geral de Israel em São Paulo. À direita, Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, reunido com Ebrahim Raisi, presidente falecido do Irã | Gettyimages.ru / Felipe Bezerra/SEC Unicamp/Per-Anders Pettersson |
Conforme relatado pela Oeste, o cônsul admitiu não ter informações concretas, mas alegou que a preocupação existe. ''O Irã está tentando conseguir produtos químicos para todos os projetos que eles têm, nós reconhecemos, e estamos tentando parar todas essas fontes''.
Quando perguntado sobre as declarações do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva em relação às ações militares de Israel, o cônsul disparou: ''não são muito produtivas, estão contrárias aos interesses do Brasil como país democrático, ocidental e liberal''.
Lula tem se destacado como uma das mais vozes mais ativas contra as ações de Israel, sobretudo na Faixa de Gaza. Em Moscou, o brasileiro chegou a afirmar que a ONU perdeu a sua força, mostrando-se incapaz de "manter paz" e prevenir o "genocídio" perpetrado pelas forças israelenses.
Nesse contexto, Erdreich destacou que o Brasil é um país ''amigo'' de Israel há muitas décadas, e comentou as crescentes críticas ao governo Netanyahu. ''Acho que várias pessoas que fizeram essas declarações têm um mal-entendido, ou são um pouco ignorantes sobre o que está acontecendo no Oriente Médio''.