Israel impede envio de combustível a hospitais de Gaza, estoque deve durar três dias

O Ministério da Saúde de Gaza voltou a advertir nesta quarta-feira (18) que os hospitais do enclave estão operando sob risco de fechamento em 72 horas, como resultado das proibições de Israel à entrada de insumos combustíveis aos geradores, muito embora massacres israelo-americanos sigam em curso nos campos assistenciais.


Monitor do Oriente Médio

Segundo comunicado, as autoridades da ocupação israelense continuam a impedir que organizações internacionais, incluindo missões das Nações Unidas, acessem depósitos de combustível designado aos serviços de saúde, sob o pretexto de que estão situados em “zonas vermelhas”, supostamente tomadas por atividades militares.

Crianças palestinas, vitimadas por ataques de Israel, recebem cuidados no Hospital Nassar, em Khan Younis, no sul de Gaza, em 4 de julho de 2024 [Doaa Albaz/Agência Anadolu]

A manutenção dos empecilhos, ressaltou a nota técnica, deve colapsar por completo o atendimento médico à população carente, dado que departamentos vitais dependem inteiramente de energia elétrica de geradores a diesel e outros combustíveis, em meio aos blecautes constantes impostos por Israel.

Desde a deflagração do genocídio em Gaza, em outubro de 2023, o exército israelense mantém ataques diretos e deliberados à infraestrutura de saúde, ao destruir ou impelir o fechamento da maioria dos hospitais.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, dezesseis hospitais de pequeno porte, apenas parcialmente funcionais, seguem atendendo, incluindo cinco hospitais públicos e onze privados, de um total de 38 instalações que operavam antes da guerra.

Outros oito hospitais de campo provêm serviços, embora limitados e vulneráveis.

Os ataques israelenses impuseram fome catastrófica aos dois milhões de desabrigados, sob cerco absoluto — sem comida, água, medicamentos ou combustível. As violações ignoram medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, que investiga Israel por genocídio desde janeiro de 2024.

Em Gaza, são ao menos 185 mil palestinos mortos ou feridos — em maioria mulheres e crianças —, além de 11 mil desaparecidos.
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