Soldados israelenses acusaram a liderança de seu exército de negligência após a morte de sete engenheiros de combate em uma explosão mortal no sul de Gaza, na semana passada, segundo a Anadolu.
Monitor do Oriente Médio
Os soldados, do 605º Batalhão de Engenharia do Exército israelense, conversaram com a emissora pública israelense KAN na sexta-feira sobre “negligência e falha sistêmica” em seus equipamentos de combate.
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Soldados israelenses estão posicionados na fronteira de Erez com armas pesadas e veículos militares em Erez, Israel, em 29 de fevereiro de 2024. [Mostafa Alkharouf/ Agência Anadolu] |
De acordo com a reportagem, as tropas disseram que suas armas pessoais, metralhadoras médias e veículos blindados de transporte de pessoal Puma frequentemente apresentam mau funcionamento e não oferecem proteção adequada.
O exército israelense confirmou que sete soldados foram mortos durante um ataque em Khan Younis, depois que seu veículo blindado foi atingido por um dispositivo explosivo improvisado.
O exército não comentou os relatos dos soldados, mantendo silêncio sobre o que a KAN descreveu como “um dos piores incidentes de negligência desde o início da guerra”.
Na quarta-feira, a ala militar do Hamas, as Brigadas al-Qassam, divulgou imagens mostrando uma dupla emboscada a dois veículos blindados israelenses em Khan Younis.
Desde o início da guerra genocida de Israel, em 7 de outubro de 2023, o exército israelense relatou a morte de 879 soldados e ferimentos em mais de 6.000 outros, segundo dados oficiais.
Rejeitando os apelos internacionais por um cessar-fogo, o exército israelense realiza uma ofensiva brutal em Gaza desde outubro de 2023, matando mais de 56.000 palestinos, a maioria mulheres e crianças.
Em novembro passado, o Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Gaza.
Israel também enfrenta um caso de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça por sua guerra contra o enclave.