Com mais fuselagens por ano, o programa Gripen fortalece a indústria nacional e gera empregos qualificados.
O Antagonista
A Força Aérea Brasileira marcou um importante avanço em seu programa de modernização com a incorporação do Saab F-39 Gripen E/F, um caça-bombardeiro que promete revolucionar a aviação militar do país. Esse esforço não se concentra apenas na aquisição de tecnologia avançada, mas também no fortalecimento da indústria aeroespacial brasileira por meio de acordos que promovem a transferência de tecnologia e o desenvolvimento local.
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| Gripen - Créditos: depositphotos.com / adameq2 |
Recentemente, a Saab Brasil anunciou a inauguração de uma segunda linha de produção destinada à fabricação de fuselagens traseiras para o Gripen E/F. Essa expansão permite duplicar a capacidade produtiva anual da planta, destacando um aumento de oito para dezesseis fuselagens por ano. Esse avanço é uma prova convincente do progresso alcançado no programa, já que a fuselagem traseira é crucial para abrigar o motor que impulsiona o avião a velocidades supersônicas.
Qual é o impacto da transferência de tecnologia para o Brasil?
A transferência de tecnologia tem sido um componente-chave do acordo entre Brasil e Suécia. Por meio da subsidiária da Saab em São Bernardo do Campo, foi possível avançar na fabricação local de componentes essenciais, como freios aerodinâmicos e cones traseiros, elevando as capacidades industriais nacionais.Além disso, essa transferência potencializou o conhecimento técnico no Brasil, formando profissionais altamente qualificados e promovendo novas oportunidades de inovação no cenário aeroespacial.
Como o desenvolvimento local contribui para a autonomia industrial brasileira?
A instalação da nova linha de produção representa um passo significativo rumo à autonomia industrial do Brasil no setor aeroespacial. Ao possibilitar a fabricação local de partes cruciais do Gripen, o país reduz sua dependência de fornecedores externos e fortalece sua posição estratégica.- O desenvolvimento local de componentes contribui para o crescimento da cadeia produtiva nacional.
- São gerados empregos qualificados e promovido avanço tecnológico na indústria aeronáutica.
Quais são as perspectivas futuras para o programa Gripen no Brasil?
Olhando para o futuro, espera-se que em 2025 ocorra a entrega do primeiro Gripen totalmente montado em solo brasileiro. Essa meta, a ser atingida pela fábrica da Embraer em Gavião Peixoto, simboliza um marco na história da indústria aeronáutica nacional.Esse feito demonstra a colaboração entre Brasil e Suécia e reforça o compromisso do país com a excelência e a inovação tecnológica no setor de defesa.
De que forma o programa Gripen pode ampliar a influência regional do Brasil?
O sucesso do programa Gripen no Brasil pode gerar impactos positivos em toda a América Latina. A capacidade de produzir um caça avançado localmente posiciona o Brasil como referência em aviação militar e potencial polo exportador de equipamentos de defesa.- Fortalece a influência regional do Brasil em assuntos de defesa e tecnologia.
- Abre oportunidades para alianças e projetos de cooperação com outras nações latino-americanas.
O programa Gripen E/F não se limita à modernização tecnológica da Força Aérea Brasileira, mas representa uma aposta no futuro, onde a produção local e a transferência de tecnologia desempenham papéis essenciais. Essa abordagem reforça não apenas a autonomia defensiva do Brasil, mas também impulsiona o desenvolvimento socioeconômico e industrial do país como um todo.

