''Nem sequer houve a tentativa'' de legitimar a agressão, observa o alto diplomata.
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Celso Amorim, conselheiro especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assuntos internacionais, condenou os ataques do governo Trump contra o Irã em uma entrevista concedida ao canal Band News neste domingo (22).
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Celso Amorim | Gettyimages.ru / Ton Molina |
O diplomata lembrou que quando os Estados Unidos tomou a decisão de invadir o Iraque em 2003, ao menos levou a questão ao Conselho de Segurança da ONU, em uma tentativa de legitimá-lo. "Como não conseguiu, agiu unilateralmente", prosseguiu.
''Agora não, nem sequer houve a tentativa. (...) Acabou a ordem mundial, acabou na área do comércio, acabou na área da paz e segurança. E a gente tem que se adaptar a essa realidade nova. Não será fácil", pontuou Amorim.
"Grave ameaça à vida"
Também neste domingo, o Itamaraty publicou uma nota condenando com veemência os ataques militares de Israel e dos Estados Unidos contra o Irã, observando que eles constituem ''violação da soberania'' de Teerã e ''flagrante transgressão'' da Carta da ONU.''Ações armadas contra instalações nucleares representam uma grave ameaça à vida e à saúde de populações civis, ao expô-las ao risco de contaminação radioativa e a desastres ambientais de larga escala'', afirmou a pasta.