O ministro de Assuntos Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, declarou nesta quarta-feira que Ancara e Damasco devem dialogar para fechar um acordo após a invasão do Exército turco do enclave sírio de Afrin há um mês.
EFE
"Deveria haver um diálogo baseado na integridade territorial da Síria", disse Lavrov em entrevista coletiva em Liubliana.
| Sergei Lavrov em foto de 17 de fevereiro. EFE/EPA/Ronald Wittek |
Ao mesmo tempo, considerou que o regime do presidente sírio, Bashar al Assad, "deveria também negociar com cada parte do conflito ativo no seu país, incluindo os curdos".
"Esses são os princípios necessários para evitar o derramamento de sangue", ressaltou o chefe da diplomacia russa, e acrescentou que os mesmos são também de interesse para todos os vizinhos da Síria.
Neste contexto, acusou os Estados Unidos e seus aliados de apoiar as supostas tendências separatistas da minoria curda na Síria.
"As ações dos EUA e dos seus parceiros na coalizão (internacional contra o grupo terrorista Estado Islâmico) não facilitaram a solução do conflito na Síria, quando decidiram apoiar a autonomia curda", avaliou Lavrov.
Lavrov, que se reuniu em Liubliana com seu colega esloveno, Karl Erjavec, lembrou que um dos maiores conflitos no Oriente Médio continua sendo entre israelenses e palestinos.
"A Rússia advoga negociações diretas, que as duas partes (Israel e Palestina) se sentem para negociar. Isso representaria um passo muito grande", destacou o russo.
