Não houve comentários imediatos dos militares americanos sobre a operação conjunta, a primeira desde que o presidente Trump assumiu o cargo.
Por Stephen Castle | The New York Times
Os militares britânicos disseram que realizaram uma operação conjunta com as forças dos EUA contra a milícia Houthi no Iêmen pela primeira vez desde que o presidente Trump voltou à Casa Branca e intensificou os ataques ao grupo apoiado pelo Irã.
Não houve comentários imediatos dos militares americanos sobre a operação, que o Ministério da Defesa britânico disse na quarta-feira ter sido realizada durante a noite "para degradar as capacidades dos houthis e evitar novos ataques contra o Reino Unido e navios internacionais".
Jatos Typhoon usando bombas guiadas de precisão participaram da missão, disse o ministério em um comunicado. O alvo era "um aglomerado de edifícios, usado pelos houthis para fabricar drones do tipo usado para atacar navios no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, localizado a cerca de 15 milhas ao sul de Sana", acrescentou o comunicado, referindo-se à capital iemenita.
O ministério não deu detalhes sobre possíveis vítimas ou danos, mas disse que houve um planejamento cuidadoso para reduzir o risco para civis ou infraestrutura não militar.
"O ataque foi realizado após o anoitecer, quando a probabilidade de civis estarem na área foi reduzida ainda mais", acrescentou o comunicado.
Desde o outono de 2023, os houthis atacaram repetidamente navios comerciais e navais no Mar Vermelho e no Golfo de Áden em uma campanha que eles dizem ser em solidariedade aos palestinos sob bombardeio em Gaza.
A Grã-Bretanha já havia participado de ataques conjuntos contra alvos houthis ordenados pelo ex-presidente Joseph R. Biden Jr., que começaram em janeiro de 2024.
Em março, o presidente Trump ordenou uma campanha intensificada - conhecida como "Operação Rough Rider". Desde então, as forças americanas atingiram mais de 800 alvos, disseram os militares dos EUA no domingo.
A operação conjunta na terça-feira ocorreu depois que o uso do aplicativo de mensagens não classificado Signal pelo secretário de Defesa, Pete Hegseth, para postar detalhes confidenciais sobre uma missão dos EUA no Iêmen levantou questões sobre segurança operacional e se os aliados americanos seriam dissuadidos de mais participação.
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