Antes da cúpula da ONU em junho, onde a França está considerando reconhecer a Palestina, o ministro das Relações Exteriores de Israel alertou que essa decisão "ilusória ou imaginária" poderia desencadear uma retaliação de Tel Aviv.
RT
O reconhecimento pela França de um Estado palestino seria "um grande erro" que poderia levar Israel a uma ação unilateral, alertou o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, em uma entrevista ao jornal britânico The Daily Telegraph.
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O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o presidente francês Emmanuel Macron | Gettyimages.ru |
"Eles perderão a influência regional e prejudicarão sua posição. Não criarão um Estado palestino com essa decisão ilusória ou imaginária", afirmou. Saar também observou que, embora muitos países tenham reconhecido a Palestina, isso não alterou a "realidade no terreno".
O chanceler israelense advertiu que o reconhecimento do Estado palestino "diminuirá as chances de alcançar a paz e a estabilidade no futuro". Além disso, ele acusou os cidadãos palestinos de agirem em fóruns multilaterais e no cenário internacional "para isolar e prejudicar Israel, não para a paz".
Entre outras coisas, reiterou que a medida francesa, longe de aproximar as soluções, poderia provocar retaliação por parte do país judeu. De acordo com o político, tal decisão "encurralaria Israel e o forçaria a tomar decisões sobre medidas unilaterais por conta própria". "Se alguém tentar antecipar o resultado de possíveis negociações futuras, nós também poderemos", alertou.
Anteriormente, o presidente francês Emmanuel Macron anunciou que a França poderia reconhecer o Estado palestino "em junho" durante a conferência da ONU em Nova York sobre a resolução do conflito israelense-palestino.
Após a ministra das Relações Exteriores da Palestina, Varsen Aghabekian Shahin, chamar o anúncio do líder francês de "um passo na direção certa, de acordo com a proteção dos direitos do povo palestino e a solução de dois estados", o chanceler israelense Gideon Saar rejeitou o plano da França, chamando a Palestina de um estado "fictício".