Os governos devem agir agora para acabar com os horrores em Gaza, disse o diretor-geral da Cruz Vermelha nesta quinta-feira, acrescentando que o sofrimento no país está chegando a um ponto em que "questiona os próprios fundamentos de nossa humanidade".
Emma Farge | Reuters
GENEBRA - Israel impôs um bloqueio total ao enclave em março, quando sua devastadora campanha militar contra o Hamas foi retomada após um cessar-fogo na guerra de 19 meses.
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Palestinos inspecionam o local de um ataque israelense a uma escola da UNRWA que abriga pessoas deslocadas, no campo de Bureij, no centro da Faixa de Gaza, em 7 de maio de 2025. REUTERS/Ramadã Abed |
Dezenas de cozinhas comunitárias em Gaza fecharam suas portas na quinta-feira devido à falta de suprimentos, fechando uma corda de salvação usada por centenas de milhares de pessoas e aumentando os temores de mais mortes relacionadas à desnutrição.
"Este é um momento de decisão para os Estados e para os atores mundiais e para as partes não permitirem que esse horror continue ininterrupto", disse o diretor-geral do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Pierre Kraehenbuehl, a repórteres em Genebra.
"Este é um momento de decisão para os Estados e para os atores mundiais e para as partes não permitirem que esse horror continue ininterrupto", disse o diretor-geral do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Pierre Kraehenbuehl, a repórteres em Genebra.
"Todo mundo deve sentir profunda indignação com o que está acontecendo em Gaza", disse ele, sem atribuir culpa.
"Não consigo me reconciliar com o custo humano deste conflito e, francamente, se este é o futuro da guerra, todos devemos estar aterrorizados."
"Todos devemos estar cientes de que isso questiona os próprios fundamentos de nossa humanidade", acrescentou.
O CICV já alertou que sua resposta humanitária está à beira do colapso em Gaza e Kraehenbuehl disse na quinta-feira que os próximos dias serão "absolutamente decisivos".
"Há um momento em que ficaremos sem tudo o que resta", disse ele.