O governo do Sudão, alinhado ao exército, cortou na terça-feira seus laços diplomáticos com os Emirados Árabes Unidos, declarando o país do Golfo um "Estado agressor", disse o ministro da Defesa sudanês.
Al Arabiya
Em um discurso televisionado, Yassin Ibrahim disse que o Sudão estava "cortando relações diplomáticas com os Emirados Árabes Unidos" e retirando seu embaixador, acusando o país do Golfo de violar a soberania do Sudão por meio de seu "representante", as Forças de Apoio Rápido paramilitares, que estão em guerra com o exército desde abril de 2023.
![]() |
O chefe do exército do Sudão, general Abdel Fattah al-Burhan. (AFP) |
Na segunda-feira, o principal tribunal das Nações Unidas rejeitou o caso do Sudão contra os Emirados Árabes Unidos por suposta cumplicidade no genocídio durante a brutal guerra civil sudanesa.
O Sudão levou os Emirados Árabes Unidos ao Tribunal Internacional de Justiça por seu suposto apoio ao RSF, dizendo que estava contribuindo para um genocídio - acusações negadas pelos Emirados.
Mas a CIJ disse que "manifestamente não tinha" jurisdição para decidir sobre o caso e o descartou.
Desde abril de 2023, o Sudão está dilacerado por uma luta pelo poder entre o chefe do exército, Abdel Fattah al-Burhan, e o comandante das RSF, Mohamed Hamdan Daglo.
A guerra desencadeou o que as agências de ajuda chamam de maior deslocamento do mundo e crises de fome. A fome atingiu oficialmente cinco áreas em todo o Sudão, de acordo com uma avaliação apoiada pela ONU.
Com AFP