A Arábia Saudita condenou na sexta-feira os ataques de Israel ao Irã que visaram suas instalações nucleares, fábricas de mísseis balísticos e comandantes militares.
Al Arabiya
"O Reino da Arábia Saudita expressa sua forte condenação e denúncia das flagrantes agressões israelenses contra a fraterna República Islâmica do Irã, que minam sua soberania e segurança e constituem uma clara violação das leis e normas internacionais", disse o Ministério das Relações Exteriores do Reino em um comunicado.
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Israel realizou os ataques contra o Irã na manhã de sexta-feira, no que alertou que seria uma operação prolongada para impedir que Teerã construísse uma arma atômica.
A mídia iraniana e testemunhas relataram explosões, inclusive na principal instalação de enriquecimento de urânio do país em Natanz, enquanto Israel declarou estado de emergência em antecipação a ataques de mísseis e drones de retaliação.
A Guarda Revolucionária do Irã disse que seu principal comandante, Hossein Salami, foi morto e a mídia estatal informou que o quartel-general da unidade em Teerã foi atingido. Várias crianças foram mortas em um ataque a uma área residencial na capital, disse.
"Estamos em um momento decisivo na história de Israel", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em uma mensagem de vídeo gravada.
"Momentos atrás, Israel lançou a Operação Leão Crescente, uma operação militar direcionada para reverter a ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel. Esta operação continuará por quantos dias forem necessários para remover essa ameaça."
Um oficial militar israelense disse que Israel estava atacando "dezenas" de alvos nucleares e militares, incluindo a instalação em Natanz, no centro do Irã. O funcionário disse que o Irã tinha material suficiente para fabricar 15 bombas nucleares em poucos dias.
Os Estados Unidos disseram que não participaram da operação, o que aumenta o risco de uma nova escalada nas tensões no Oriente Médio, uma importante região produtora de petróleo.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, condenou qualquer escalada militar no Oriente Médio, disse o vice-porta-voz da ONU, Farhan Haq.
"O secretário-geral pede a ambos os lados que mostrem o máximo de contenção, evitando a todo custo uma queda em um conflito mais profundo, uma situação que a região dificilmente pode permitir", disse Haq.
Com a Reuters