A habilidade da Rússia em contornar as sanções está motivando Washington a ''ir atrás dos seus clientes'', explicou o congressista republicano Lindsey Graham.
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O senador Lindsey Graham*, um dos principais apoiadores do regime de Kiev no Congresso norte-americano, discorreu sobre a abordagem do governo Trump para o conflito ucraniano em uma entrevista concedida à NBC News no domingo (10).
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| O senador dos Estados Unidos, Lindsey Graham | Gettyimages.ru / Tom Williams/CQ-Roll Call, Inc |
Ao longo da conversa, Graham argumentou que o presidente russo Vladimir Putin "está pouco se lixando" para as sanções, em aparente alusão à resiliência da economia russa, que demonstrou altos índices de crescimento e fortalecimento de sua moeda nacional apesar de todas as medidas coercitivas aplicadas contra Moscou.
''Mas uma coisa que ele não vai conseguir tolerar e lidar é se nós formos atrás dos seus clientes'', prosseguiu, justificando a tarifa imposta sobre a Índia por comprar combustível russo.
Nesse contexto, afirmou diretamente: ''o objetivo principal é o de esmagar os seus clientes: Índia, China e Brasil''. Se tais países continuarem comprando petróleo de Moscou, terão ''acesso negado'' à economia norte-americana, prometeu.
Em julho, Graham havia realizado declarações semelhantes, tendo afirmado que, embora a Rússia consiga resistir às sanções, Índia, China e Brasil "estão prestes a enfrentar uma escolha" entre manter o comércio com Moscou ou preservar relações econômicas com Washington. "E eu acho que eles vão escolher a economia americana", acrescentou.
À época, o senador dirigiu-se diretamente aos três membros do BRICS, e prometeu medidas drásticas:
"Se eles continuarem comprando petróleo russo barato para permitir que esta guerra continue, vamos impor tarifas e esmagaremos suas economias", afirmou na ocasião, alegando que o presidente Trump "está cansado desse jogo".
* Lindsey Graham é listado na Rússia como terrorista e extremista.