Pequim anuncia seus primeiros controles sobre a tecnologia usada para minerar e processar os minerais, citando a ameaça potencial à segurança nacional
Alcott Wei | South China Morning Post, em Pequim
A China acusou organizações e indivíduos estrangeiros não identificados de processar suas terras raras para fins militares, ao anunciar mais controles de exportação na quinta-feira.
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| A China domina a cadeia de suprimentos global de terras raras. Foto: Reuters |
As novas restrições anunciadas pelo Ministério do Comércio proibirão o fornecimento de tecnologia e serviços para mineração e processamento de minerais sem permissão.
A China é o principal produtor mundial de elementos de terras raras, que são cruciais para a produção de uma ampla gama de produtos, de veículos elétricos a espaçonaves, especialmente no setor militar.
"Algumas organizações e indivíduos estrangeiros estão processando diretamente itens de terras raras originários da China e depois transferindo-os ou fornecendo-os a organizações e indivíduos relevantes", disse o ministério.
"Os itens foram usados direta ou indiretamente em áreas sensíveis, como operações militares, causando danos significativos ou ameaças potenciais à segurança e aos interesses nacionais da China."
Pequim introduziu os primeiros controles sobre a exportação de minerais específicos em julho de 2023 – novamente proibindo sua exportação sem permissão – e expandiu constantemente o número de terras raras sujeitas a esses controles desde então.
Mas os novos controles são a primeira vez que essas restrições foram expandidas para a tecnologia usada para minerar ou processar os minerais.
Em julho, o Ministério da Segurança do Estado alertou que empreiteiros em países que não podiam produzir ou purificar terras raras estavam usando espiões para contrabandear os minerais para o exterior usando rótulos falsificados ou informando ingredientes incorretamente.
"Os criminosos escondem itens não declarados relacionados a terras raras em outros produtos devidamente declarados, como misturar pó de terras raras em matérias-primas para ladrilhos ou encher manequins de plástico e, em seguida, contrabandeá-los para fora do país sob rótulos vagos, como acessórios de liga e peças mecânicas", disse.
A China responde por cerca de 70% da mineração global de terras raras e mais de 90% da capacidade mundial de processamento dos elementos pesados mais valiosos.
A China é o principal produtor mundial de elementos de terras raras, que são cruciais para a produção de uma ampla gama de produtos, de veículos elétricos a espaçonaves, especialmente no setor militar.
"Algumas organizações e indivíduos estrangeiros estão processando diretamente itens de terras raras originários da China e depois transferindo-os ou fornecendo-os a organizações e indivíduos relevantes", disse o ministério.
"Os itens foram usados direta ou indiretamente em áreas sensíveis, como operações militares, causando danos significativos ou ameaças potenciais à segurança e aos interesses nacionais da China."
Pequim introduziu os primeiros controles sobre a exportação de minerais específicos em julho de 2023 – novamente proibindo sua exportação sem permissão – e expandiu constantemente o número de terras raras sujeitas a esses controles desde então.
Mas os novos controles são a primeira vez que essas restrições foram expandidas para a tecnologia usada para minerar ou processar os minerais.
Em julho, o Ministério da Segurança do Estado alertou que empreiteiros em países que não podiam produzir ou purificar terras raras estavam usando espiões para contrabandear os minerais para o exterior usando rótulos falsificados ou informando ingredientes incorretamente.
"Os criminosos escondem itens não declarados relacionados a terras raras em outros produtos devidamente declarados, como misturar pó de terras raras em matérias-primas para ladrilhos ou encher manequins de plástico e, em seguida, contrabandeá-los para fora do país sob rótulos vagos, como acessórios de liga e peças mecânicas", disse.
A China responde por cerca de 70% da mineração global de terras raras e mais de 90% da capacidade mundial de processamento dos elementos pesados mais valiosos.
Os Estados Unidos e outros países têm preocupações de longa data de que Pequim possa armar esse domínio da cadeia de suprimentos.
Os controles de exportação, particularmente aqueles que visam empresas de defesa dos EUA, fazem parte dos esforços de Pequim para combater Washington, e a China expandiu o escopo de seus controles de exportação existentes em abril em resposta às tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump.
Um estudo da Govini, uma empresa de software de aquisição de defesa, publicado naquele mês, concluiu que três quartos dos principais componentes encontrados nos sistemas de armas militares dos EUA dependiam das exportações de terras raras da China.