"O Irã não nos pediu para intervir do seu lado e não vamos esperar que ele nos peça", disse um porta-voz do grupo.
RT
O movimento iemenita Ansar Allah (houthi) anunciou neste domingo que pretende intervir militarmente em apoio ao Irã diante do bombardeio americano das instalações nucleares do país persa.
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Gettyimages.ru / Mohammed Hamoud |
"Hoje, vamos lutar lado a lado com nossos irmãos do Irã contra os Estados Unidos e o regime sionista. (...) O Irã não nos pediu para intervir do seu lado e não vamos esperar que ele nos peça".
As declarações são do porta-voz do grupo, Mohammed al Bukhaiti, ao canal Al Jazeera.
Segundo o porta-voz, responder aos Estados Unidos é uma questão de tempo. "Nossa resposta militar está a caminho, e as forças americanas no Mar Vermelho serão o alvo em um primeiro estágio", acrescentou.
Fim do cessar-fogo
"Nosso acordo com os Estados Unidos existia antes de eles iniciarem sua guerra contra o Irã", anunciou o porta-voz, em referência à trégua alcançada entre os houthis e o presidente dos EUA, Donald Trump, no início de maio.No mesmo contexto, o porta-voz convocou "os povos árabe e islâmico a agir, porque os Estados Unidos querem mudar todo o Oriente Médio".
"Responderemos a qualquer agressão contra nós ou qualquer país islâmico. (…) Iremos escalar e ampliar o alcance do conflito até que essa agressão cesse. Vemos esta batalha como decisiva, e ela não terminará até que a Palestina e a mesquita Al Aqsa sejam liberadas", garantiu Al Bukhaiti.
Nesse contexto, o comitê político dos Houthis emitiu um comunicado condenando o bombardeio americano:
"O ataque dos EUA contra o Irã indica um perigoso aumento das tensões e uma ameaça direta à paz e à segurança regional e internacional", lê-se no texto.
A entidade lembrou que o ataque constitui "uma clara violação de todas as leis e convenções internacionais".
Anteriormente, os houthis prometeram que qualquer embarcação dos EUA tornaria-se alvo do grupo islâmico na eventualidade de um ataque de Washington contra Teerã.