O governo sírio e as Forças Democráticas Sírias (FDS) lideradas por curdos mantêm negociações em uma base aérea russa na Síria, disse um político curdo sírio à Reuters no domingo, expressando esperança em um acordo que interrompa um ataque turco.
Por Tom Perry e Rodi Said | Reuters
BEIRUTE/QAMISHLI, Síria - Ahmed Suleiman, um membro sênior do Partido Progressista Democrático Curdo na Síria, afirmou que as conversas estão sendo realizadas na base aérea russa de Hmeimim, em Latakia.
| Base aérea russa na Síria | Reprodução |
Ele não disse se ele ou seu partido - que é independente das FDS - teve algum papel nas negociações.
Questionado sobre as declarações de Suleiman, o chefe do escritório de mídia das FDS, Mustafa Bali, disse: “sem comentários”. “Confirmamos desde o início da invasão (turca) que estudaremos todas as opções que podem poupar a limpeza étnica de nosso povo”, declarou.
Autoridades do governo sírio não puderam ser contatadas imediatamente para comentar.
Suleiman disse que espera um acordo entre os lados que “interrompa a guerra em curso e especialmente suas consequências catastróficas e perigosas”.
Ele contou ainda que as negociações poderiam ser transferidas para Damasco, de onde ele estava falando à Reuters via WhatsApp.
“Estamos agora em Damasco, é o que posso dizer no momento. Esperamos que seja alcançado um acordo que interrompa a guerra e suas consequências perigosas e catastróficas para os cidadãos a leste do Eufrates”.
Seu partido, um dos mais antigos grupos curdos da Síria, não está envolvido na administração autônoma criada pelas FDS e outros grupos curdos, como o partido da PYD no norte da Síria.
A Rússia é o aliado mais poderoso do presidente sírio, Bashar al-Assad.
Forças turcas apoiadas por grupos rebeldes sírios lançaram uma ofensiva na quarta-feira em áreas do norte da Síria controladas pelas Forças Democráticas da Síria. Ancara diz que tem como alvo as forças curdas ligadas a uma insurgência em seu território.
O ataque turco começou depois que as forças norte-americanas que apoiaram as FDS se retiraram de parte da fronteira entre a Síria e a Turquia. As FDS, um grande aliado dos Estados Unidos contra o Estado Islâmico, chamou o ato de uma facada nas costas.
No início do domingo, o secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, disse que os Estados Unidos estavam prontos para retirar cerca de 1.000 soldados norte-americanos do norte da Síria, depois de saber que a Turquia planejava estender sua incursão mais ao sul e oeste do que o planejado originalmente.
Outra consideração na decisão, segundo indicou o secretário de Defesa Esper, foi que as Forças Democráticas da Síria estavam tentando fazer um acordo com a Rússia para combater a ofensiva turca.
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