Os países-membros discutirão uma resposta diplomática à ofensiva israelense contra instalações iranianas e à retaliação de Teerã, em meio a duras críticas do governo iraniano à postura europeia.
RT
Diante da escalada de tensões no Oriente Médio, a alta representante da União Europeia para a Política Externa, a estoniana Kaja Kallas, convocou uma reunião de emergência, por videoconferência, com os ministros das Relações Exteriores dos países-membros do bloco.
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| Kaja Kallas, Alta Representante da União Europeia para Relações Exteriores, lidera esforços diplomáticos para conter a escalada entre do conflito no Oriente Médio. Irã, por sua vez, critica a ausência de posicionamento da entidade até o momento | Gettyimages.ru / Yong Teck Lim |
A decisão foi anunciada na noite de domingo por um porta-voz da UE, segundo informou o jornal The Times of Israel: "Dada a deterioração da situação no Oriente Médio, a Alta Representante Kaja Kallas realizará uma reunião, por videoconferência, com os ministros de Negócios Estrangeiros nesta terça-feira".
O encontro, marcado para terça-feira (17), tem como objetivo discutir a crise provocada pelos ataques israelenses contra instalações nucleares, militares e civis no Irã.
Os ataques ao Irã
Segundo a agência iraniana IRNA, os ataques resultaram na morte de vários comandantes militares, cientistas e civis em Teerã e em outras cidades do país. As autoridades iranianas classificaram a ofensiva como um "ataque terrorista" perpetrado pelo "regime sionista".Em resposta, o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, divulgou uma mensagem à população em que promete retaliação: "O regime deve esperar uma punição dura. A mão poderosa das forças armadas da República Islâmica não o deixará impune, se Deus quiser", afirmou.
Teerã também criticou a postura da União Europeia. Segundo autoridades do país, os europeus ainda não adotaram uma posição construtiva diante do que classificam como uma agressão flagrante.
A reunião de terça-feira (17) deverá, portanto, ser decisiva para avaliar o posicionamento europeu diante de uma das maiores crises no Oriente Médio nas últimas décadas.