Influencer Paulo Figueiredo critica posturas de comandantes dos clubes militares em meio a prisões por trama golspista
Caio Ramos | Metrópoles
O jornalista e influencer Paulo Figueiredo ironizou carta divulgada pela Comissão de Interclubes Militares sobre a ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão dos militares condenados na ação de trama golpista. Nessa quarta-feira (26/11), Figueiredo republicou a nota da organização e ironizou dizendo que, no comunicado, os comandantes dos clubes de Exército, Marinha e Aeronáutica não dizia que seguiria “atenta e vigilante”.
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| Reprodução/X |
“Urgente! Clube Militar escreve nota sobre prisões sem dizer que seguem atentos e vigilantes!!”, escreveu Figueiredo na rede social X.
A ironia é uma crítica ao que Figueiredo considera falta de uma postura mais firme dos clubes militares, que na carta apenas desaprovam a dosimetria aplicada.
Os militares da reserva que assinam a carta avaliam que as penas aplicadas são “desproporcionais e desequilibradas” e não deviam existir, destacando que o tempo de prisão imposto aos condenados foi superior quando comparada às condenações de pessoas que cometem crimes mais graves como assassinatos, estupro e tráfico.
No comunicado, eles ainda enfatizam que “discordar dessa decisão não significa atacar instituições, mas reafirmar que decisões que afetam diretamente a liberdade de indivíduos devem ser tomadas com total observância ao devido processo legal, especialmente quando há apontamentos relevantes sobre possíveis falhas na análise dos fatos ou na interpretação jurídica aplicada”.
Figueiredo, braço direito do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusa o ministro de “perseguição política” a Bolsonaro e seus aliados, censura e supostas decisões autoritárias. Aliás, os dois são personagens centrais das articulações junto ao governo norte-americano para sancionar autoridades brasileiras, como por exemplo, a imposição da Lei Magnitsky a Moraes e sua esposa.
Os ex-comandantes das Forças Armadas no governo de Jair Bolsonaro (PL), além de ex-ministros com patente militar, como os generais Augusto Heleno e Braga Netto, foram condenados por participação na trama golpista contra a vitória eleitoral de Lula (PT) em 2022 e já estão cumprindo suas penas em regime fechado.

