Secretário do Exército dos EUA diz que fabricantes de armas enganaram forças armadas

O secretário do Exército dos Estados Unidos, Dan Driscoll, afirmou que grandes empresas de defesa "enganaram" as forças armadas, levando-as a comprar equipamentos caros quando opções comerciais mais baratas estariam disponíveis.


Por Idrees Ali | Reuters

WASHINGTON - Defensores da responsabilização governamental e alguns parlamentares argumentam há tempos que as empresas contratadas cobraram preços excessivos das forças armadas. Mas os comentários de Driscoll foram excepcionalmente diretos para um funcionário do governo, manifestando-se contra empresas que fornecem equipamentos para as maiores forças armadas do mundo.

Helicóptero Sikorsky UH-60 Black Hawk sobrevoa Washington 11/06/2025 REUTERS/Al Drago

"A base industrial de defesa em geral, e as principais empresas em particular, enganaram o povo americano, o Pentágono e o Exército", disse Driscoll a repórteres, referindo-se às principais contratadas que trabalham diretamente com o governo.

Ele acrescentou que, em parte, a culpa era do governo por criar estruturas de incentivo que encorajavam as empresas a cobrar preços exorbitantes.

Os grandes fabricantes de armamentos fornecem às forças armadas dos EUA todos os tipos de sistemas, desde os caças F-35 da Lockheed Martin até os sistemas de defesa antimíssil de empresas como RTX, Northrop Grumman e Boeing.

Anteriormente, o Exército havia afirmado que um botão de controle da tela do helicóptero Sikorsky Black Hawk, de propriedade da Lockheed, que custa US$47.000 como parte de um conjunto completo, poderia ser fabricado separadamente por apenas US$15.

"O sistema mudou. Vocês não poderão mais fazer isso com o Exército dos Estados Unidos", disse Driscoll.

O Exército está lançando uma iniciativa para agilizar seu processo de aquisição. Isso faz parte de um esforço geral do Pentágono para permitir que as forças armadas adquiram tecnologia mais rapidamente em meio às crescentes ameaças globais.

A Reuters noticiou na semana passada que o Exército dos EUA pretende comprar pelo menos 1 milhão de drones nos próximos dois a três anos e, em vez de firmar parcerias com grandes empresas do setor de defesa, quer trabalhar com companhias que produzem drones com potencial para aplicações comerciais.

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